22/05/2015

RESENHA: Cidades de Papel - John Green

Cidades de Papel

Autor: John Green
Editora: Intrínseca
Páginas: 368
Edição: 1
Ano: 2013
   Em Cidades de papel, Quentin Jacobsen nutre uma paixão platônica pela vizinha e colega de escola Margo Roth Spiegelman desde a infância. Naquela época eles brincavam juntos e andavam de bicicleta pelo bairro, mas hoje ela é uma garota linda e popular na escola e ele é só mais um dos nerds de sua turma.
   Certa noite, Margo invade a vida de Quentin pela janela de seu quarto, com a cara pintada e vestida de ninja, convocando-o a fazer parte de um engenhoso plano de vingança. E ele, é claro, aceita. Assim que a noite de aventuras acaba e um novo dia se inicia, Q vai para a escola, esperançoso de que tudo mude depois daquela madrugada e ela decida se aproximar dele. No entanto, ela não aparece naquele dia, nem no outro, nem no seguinte.
   Quando descobre que o paradeiro dela é agora um mistério, Quentin logo encontra pistas deixadas por ela e começa a segui-las. Impelido em direção a um caminho tortuoso, quanto mais Q se aproxima de Margo, mais se distancia da imagem da garota que ele pensava que conhecia.
Comecei a leitura bastante receosa, mas acabou sendo uma leitura bem gostosa! 

Quentin, ou simplesmente Q, é um garoto normal e que é apaixonado pela Margo, sua vizinha, desde sempre. Quando pequenos eles eram bastante próximos, mas as coisas foram mudando, a Margo foi se tornando a garota mais popular do colégio e o Q se tornou um carinha qualquer na escola, o nerd, o que servia de chacota sabe? E não, o livro não é sobre bullying. É mais que isso. 

Um belo dia, ou melhor dizendo, uma bela noite a Margo chama ele pela janela (sim, são vizinhos de janela) e o chama, convoca-o na verdade, para fazer uma noite atípica. Cheia de loucuras, do tipo de invadir um local privado, pixar casas de algumas pessoas e jogar até peixe cru pra essas mesmas pessoas. O Quentin vai, no começo meio receoso, mas depois começa a aproveitar a Margo e as aventuras.

Ele pensa que no dia seguinte as coisas entre ele e a Margo irão mudar. E não é bem assim, já que ela não aparece na escola... e nem em outro lugar. Ela some. E ninguém, nem os pais delas, ligam pra esse sumiço já que não é a primeira vez que acontece. No entanto para o Q, dessa vez é diferente... e cá entre nós, de fato é. A Margo sempre deixa suas pistas para que encontrem-na, e dessa vez não foi diferente, no entanto deixou para o Quentin. E ele fica sem saber o porquê, fica receoso, com medo de que tenha acontecido algo pior do que apenas fugir. 

E por conta disso ele começa a perceber que há coisas e pessoas que são mais importante, acaba deixando provas, baile de formatura e algumas coisas de lado pra tentar encontrar a Margo. Não é fácil pra ele, já que a rotina pra ele não é nada tedioso. Pelo contrário, ele adora tédio. 

Muita gente achou um livro chato, um dos piores do Green. No começo da leitura fiquei bem receosa pelos comentários... acharam a Margo bem egoísta também. Só que não senti nada disso no decorrer da leitura. Porque se teve uma coisa que me prendeu foi os ensinamentos, as escolhas, os medos, as aflições, as justificativas, as amizades, a naturalidade das coisas. Ok, o livro não é o melhor do autor. Mas pra mim não é um dos piores, não aconteceu nada do tipo de A Culpa é das Estrelas e Quem é você, Alasca? (dois livros do John que já li), mas ele focou muito nas lições que os personagens passam e que consequentemente passam pra gente também. 

Quantas vezes a gente já achou a rotina maravilhosa (em determinada coisa) e quando fizemos algo diferente, nós gostamos? Nós achamos que gostamos porque nunca tínhamos provado algo diferente.

Não esperem algo que o façam chorar, mas que o façam pensar. Não é mais um romance entre a Margo e o Q, na verdade é um livro que tem uma jornada em busca de encontrar a si mesmo, de valorizar os amigos e os momentos sejam eles grandes ou pequenos. E ah, tenho que comentar que o final não foi o que eu esperava, mas eu entendo. De verdade.

Sobre os detalhes: A capa é linda e tem super a ver com toda a trama. A diagramação interna está impecável. Não mencionei, mas o livro é dividido em três partes e todo o trabalho que a Intrínseca fez ficou show! 

Comentário final: Recomendo demais! 


                                                                         QUOTES:                                                                         
“Quando você fala coisas ruins das pessoas, nunca deve dizer a verdade, porque depois você não pode negar tudo, entende?” 
“Fazer as coisas nunca é tão bom quanto imaginá-las.” 
“Mijar é como ler um livro bom: é muito, muito difícil parar depois que você começa.” 
“É muito difícil para qualquer um mostrar a nós como somos de fato, e é muito difícil para nós mostrarmos aos outros o que sentimos.”


16 comentários

  1. Odiei esse livro, e não sei se consigo explicar bem o porque. Simplesmente odiei Margo por fazer tudo aquilo por nada quando poderia ser feito com uma briga, conversa, não sei

    Green morreu pra mim ai kkk

    Beijos

    http://penelopeetelemaco.blogspot.com.br/

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    1. Acho que a magia do livro está no Q e na corrida e aprendizado dele. E não na Margo. :)
      Beijos

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  2. Olá!

    Torço o nariz ao ouvir o nome de John Green, mas, por incrível que pareça, eu peguei emprestado o livro dele, ou seja, será uma das minhas próximas leituras!

    resenhaeoutrascoisas.blogspot.com

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  3. Oi, tudo bom?
    Já ouvi muitos e muitos comentários negativos desse livro, mas mesmo assim eu resolvi comprar. Ainda não o li por ficar passando outras leituras na frente.
    Eu li A Culpas é das Estrelas e amei! Li Quem é Você, Alasca? e odiei. Acho que isso vai de cada um.
    Fico feliz que você se surpreendeu com leitura, é muito bom quando isso acontece.
    Beijos, lendocomabianca.blogspot.com

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  4. Eu não curto muito os livros do John Green, tanto que eu nunca consegui terminar de ler A culpa é das estrelas, mas pela sua resenha, vou dar uma chance pro cidade de papel e se eu gostar te conto haha

    http://criativosounao.blogspot.com.br/

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  5. Olá, Kamilla.

    Já li A culpa é das estrelas e Quem é você, Alasca? do Green e confesso que não curti muito. ACEDE é tocante pela doença, mas Alasca eu senti que ele apenas queria chocar os leitores com aquele acontecimento. Irei ler esse livro sem grandes expectativas e quem sabe assim não aproveitar mais. Qual seria o melhor livro do Green?

    Beijos.
    Visite: Paradise Books

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    1. Eu sempre achei ACEDE melhor, mas acho que o foco do livro não é a doença. É tocante porque eles passam por cima dela, e não a deixam derrubá-los. <3 kk
      Beijos

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  6. Oie Kamilla! :D
    Eu quero muito ler esse livro, principalmente depois que assisti o trailer, sério? Aquele trailer balançou as minhas estruturas! <3 To bem agitada e louca para ler o livro.

    Beijos e até logo! :*
    https://worldofmakebelieveblog.wordpress.com/

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  7. Oiee, tudo bem?

    Preciso ler esse livro antes do lançamento do filme! Meu namorado leu e achou o livro bom. Ele disse que o livro é cheio de picos. Tem partes muito boas, outras chatas, e no final melhora de novo. Acho que os livros do John Green como um todo não são para chorar. Todos eles geram uma reflexão e é isso que importa. Curiosa para saber o que ele preparou em Cidades de Papel

    beijos
    Kel
    www.porumaboaleitura.com.br

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    1. Eu gostei bastante, mas não espere tudo aquilo. Leia sem pretensões, e observando não o "enredo principal", mas as entrelinhas.
      Beijos

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  8. Kamilla, indiquei seu blog para uma TAG! Passa lá pra ver ;)
    Bjs,

    http://diarioquaseescritora.blogspot.com.br/

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  9. Poxa, achei o filme até bacaninha mas sempre esperando pela leitura. Só que esse livro está sendo massacrado pelos leitores. Acho que esse não rola

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